11 dezembro 2010

cem perguntas sem resposta

Hoje é daqueles dias em que precisava da força que tinha e que perdi, daqueles dias em que fico parada a olhar para tudo e penso

Porquê?

A vida está prestes a dar uma volta de 180 graus e eu contínuo aqui serena como se nada fosse acontecer. Podia ser tudo tão diferente.. E tudo culpa minha.
Às vezes penso como seria bom voltar atrás e mudar algumas coisas. Mas depois lembro-me que se calhar fazia o mesmo. Que há males que vêm por bem. Que depois da tempestade vem a bonança. Que não há bem que dure sempre nem mal que nunca acabe. Etc. E isto vai dando-me alguma esperança.

Não consigo parar de pensar na angústia que as pessoas que gostam de mim sentem. Não consigo. Sinto que falhei de qualquer modo. E sei no que falhei. E porquê. E o problema é que parece que nunca aprendo com os erros. Preciso de os repetir até à exaustão para finalmente os interiorizar. E lamento tanto isto..

Lembrei-me agora do ditado que diz que não podemos escolher o final mas que estamos smp a tempo de fazer um novo começo (ou qualquer coisa do género).

E começo por onde?
Com quem?
Como?

Preciso de qualquer coisa ou de alguém. Podia também falar de injustiças. E isto não faz qualquer sentido. Tenho tanta coisa a massacrar esta cabeça. E só consigo sentir que falhei..

27 abril 2010

Morre lentamente...

Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente,
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente,
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
E os corações aos tropeços.
Morre lentamente,
Quem não vira a mesa quando está infeliz,
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto,
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos…


pablo neruda

15 abril 2010

lovers never lose

Às vezes, apetecia-me acreditar que John Lennon tinha razão. Que os amantes nunca perdem nada. Só ganham. Mas é dificil.

14 fevereiro 2010

J




Estivemos tantas vezes para o ver juntos. E nunca o vimos. Vi hoje e não pude deixar de me lembrar de ti. Porque existem pessoas que são eternas nos nossos corações.

PS: I loved you..

Dia dos Namorados

«O amor não é para os amantes, é para os amados, não é para os solteiros, é para os casados, não é para os casos, é para os namorados. Não quer saber de tempo nem de dinheiro, de vantagens nem de inconvenientes. Não mede prós nem contras, não faz contas nem se arrepende.»


Concordo em quase tudo embora tenha uma visão mais terrena.

Acredito que os melhores amantes são aqueles que estão casados, que quem é solteiro também sabe amar, mas não sou tão idealista.

O amor precisa de tempo e de dinheiro, precisa que as vantagens suplantem os inconvenientes, precisa de medir os prós e os contras, faz contas à vida e às vezes também se arrepende. Ninguém vive do ar, ninguém vive só para amar, ninguém é tão generoso que não cobre nada ao outro, ninguém é tão masoquista que aceite um amor descompensado em que o outro só dá chatices e preocupações. A velha história do amor incondicional já atirou para a sarjeta muitas relações por excesso de zelo de uma das partes.


@ Porque hoje é o dia mais lamechas e ao mesmo tempo também o mais cínico do ano, fica um texto de que gosto muito e com o qual concordo em tudo, de Margarida Rebelo Pinto.

13 fevereiro 2010

Porque sim

Eu quero acreditar que sim... que quando sonhamos muito, as coisas acontecem. Que quando queremos muito muito muito, as coisas acontecem. Que quando acreditamos... as coisas acontecem. Porque eu acredito que o que queremos sempre acontece. Mais tarde ou mais cedo. Porque eu acredito nas pessoas, nas relações, nos sentimentos, nas emoções, mais na cumplicidade do que no amor... mas mesmo assim ainda acredito no amor. Quero acreditar que existe! Aquele amor incondicional, sincero, perfeito.... Acredito que existe! Acredito em príncipes encantados, em castelos, em cavalos brancos, em momentos mágicos. Os contos de fadas existem e eu vou ter um só para mim! Acredito que a vida pode sempre mudar. E só muda para melhor! Nós é que nem sempre entendemos onde está a parte positiva mas está lá! Acredito porque acredito. ADORO ACREDITAR e espero que nunca pare de sonhar e que acredite sempre. Porque mais tarde ou mais cedo, AS C0ISAS ACONTECEM.

09 janeiro 2010

06 dezembro 2009

A minha alegre casinha

Aquela casa, que casa maravilhosa…

Que saudades de descer em direcção ao rio pela manhã para apanhar o comboio. Que saudades daquele quarto com roupa espalhada por todo o lado que parecia não haver ida forma de estar arrumado. Saudades de todos os que me cansaram, me enlouqueceram, me levaram aos limites, mas que só hoje consigo perceber o quão importantes foram para mim.


Saudades que o I passe lá as tardes, as noites, os dias... saudades que o i faça da sala o seu quarto, vezes sem conta. E aquela cozinha, quando ficava cheia de louça… Quando o i partiu a janela da sala e não tinhamos pá para apanhar os vidros... Quando chegava de madrugrada e era tudo só meu. Era tããããão bom mas tão triste quando não estavam. Mas tenho saudades sim, não voltava atrás com nada, não me importo que tenham gritado comigo e que tenha limpo a casa vezes sem fim. Não me arrependo das vezes em que me sentia sozinha, apanhava o autocarro e jantava sozinha. Não me arrependo do dinheiro absurdo que deixei em lojas sem fim para por a casa bonita. Não me arrependo de ter cantado à janela com a A e das festas que fizemos! Muito menos vou me esquecer do nosso avante ou das festas de aniversario... Não me arrependo de ter ficado sozinha 2 semanas e que tenham chegado nojentos a casa, mais feios que macacos, porque tinha tantas saudades deles. E quando o R chegava, buzinava e toda a gente gritava da sala. Quando ele entrava em casa pela janela… Quando alguém chegava e eu espreitava pela janela para ver quem era… E quando eu chegava e alguém espreitava pela janela para ver quem era. E de repente aquela casa parecia de toda a gente menos minha. E lá andava eu a tentar não ter copos e garrafas e cinzas pela casa inteira.



Saudades do barulho daquela casa! Saudades de me sentir sozinha quando a casa estava cheia! Saudades de todos os que batiam à porta daquela casa… Dos que entravam e ficavam para jantar. Saudades do nosso arroz de marisco, que tinha tudo menos de maravilhoso! A luz daquela casa ou a falta dela… Saudades de adormecer no sofá enrolada na manta branca… Saudades das noites passadas a falar de coisa nenhuma e de só adormecermos quando começava o Diário da Manhã. Saudades de morrer a rir a ver Républica Espanhola. Saudades de quando queriam dormir e eu não os deixava porque já eram 5 da manhã e eu tinha que me levantar às sete. Saudades das directas e de estar morrer o dia inteiro, dias a fio... Saudades dos gritos do J, do jamaica style do I que nunca tem uma conversa de jeito… E de dormir na cama do J porque tinha saudades dele! Saudades que mandem beijinhos aos gritos à minha mãe quando estava ao telefone com ela. Saudades de deixar o aspirador pelo meio da casa e de os ouvir a reclamar vezes sem conta. Saudades do frango assado. Saudades do verdocas. Tenho saudades que cheguem de madrugada e de ficar acordada a ouvir o histerismo e as histórias daquela noite sem que percebessem que estava a ouvir. De ver o J dormir antes de sair e pensar “estou na melhor casa do mundo”. Tenho saudades que o i ficasse maluco com a comida toda que trazia e comprava! E gostei sempre tanto dos dois…J, hás-de ser sempre "quase o primeiro"… i, hás de ser sempre o eterno sonhador lá de casa… E todos os que passaram por ali, um Obrigada! Foi maravilhoso pelas dificuldades e pelos momentos que cantamos ou conhecemos pessoas na janela!



E que saudades daquela vida...

E que saudades daquela casa…

E que saudades daquilo que chamávamos “vidas inúteis”.

E que saudades da minha alegre casinha...


22 novembro 2009

Era uma vez

Aquele amor tão puro e inocente traz me saudades. Os dias nunca pareciam grandes, nunca haviam momentos de tédio e tudo eram corações no ar. Eu era a princesa e ele era o principe e nem sabia. Eu construí o castelo sozinha mas fiz muralhas tão grandes que ele nunca chegou a vê-lo e foi por isso que nunca entrou. Eu mudei de vida, gostei de muitos mais mas nunca mais consegui ver neles um principe. O castelo ficou onde ficam todos os castelos, em cima da grande montanha à espera que dois apaixonados se encontrem. Hoje sei que encontraste a tua princesa, que a amaste, que te mudaste para lá com ela e que a traíste. Hoje agradeço nunca teres entrado lá comigo. Mas nunca mais amar alguém como te amei...

28 outubro 2009

Coisas da vida

"Estou cansada de sonhar, de desejar, de te querer e não te ter, de nunca saber se pensas ou não em mim, se à noite adormeces com saudades no peito ou te deitas com outras mulheres. Depois de todas as palavras e de todas as esperas, fiquei sem armas e sem forças. Sobra-me apenas a certeza de que nada ficou por fazer ou dizer, que os sonhos nunca se perderam, apenas se gastaram com a erosão do tempo e do silêncio."

"Era uma vez uma princesa que também foi deixada pendurada pelo seu príncipe, e sabes qual foi a moral da história? Nunca mais teve de lhe lavar as peúgas, de lhe passar as camisas..., de limpar os pêlos que ele deixava na banheira. E Sabes que mais? Viveu feliz para sempre."

"Eu também tenho medo, mas não digo nada. Gosto de sorrir para a vida e pensar que tudo vai correr bem, mesmo quando os dias me trocam as voltas e chego à noite estoirado a casa, sem encontrar sentido às coisas."
"Sem fé, você dizia, sem amor, sem perdão, sem
caridade, seremos eternos peregrinos em busca de uma felicidade que jamais será
alcançada."